ENI e ExxonMobil Avaliam Tecnologias de Captura e Sequestro de Carbono (CCS)
Resposta à Pressão Ambiental
As operadoras internacionais do Gás Natural Liquefeito (GNL) em Moçambique, nomeadamente a ENI (Área 4) e a ExxonMobil (Rovuma LNG), estão a realizar estudos aprofundados sobre a viabilidade de implementação de tecnologias de **Captura e Sequestro de Carbono (CCS)** nos seus megaprojetos.
O foco na CCS é uma resposta direta à crescente pressão de investidores e governos europeus para que o gás, enquanto "combustível de transição", demonstre as menores emissões possíveis. A Bacia do Rovuma, com as suas características geológicas, apresenta potencial para o sequestro seguro de CO2 no subsolo.
O Desafio do Gás Carbónico
O gás natural da Bacia do Rovuma tem um teor de CO2 relativamente elevado. Embora a maior parte do gás carbónico seja removida no processo de liquefação, a sua eliminação segura é um desafio. O CCS permitiria reintroduzir esse CO2 e possivelmente outras emissões de volta nos reservatórios geológicos, em vez de o libertar para a atmosfera.
"A implementação bem-sucedida da CCS em Moçambique tornaria o GNL da Bacia do Rovuma numa das fontes de gás com a menor intensidade de carbono do mundo, um enorme diferencial competitivo." - (Análise de Mercado).
Vias de Implementação
A ENI tem explorado a possibilidade de usar reservatórios esgotados de gás como locais de armazenamento permanente. Já a ExxonMobil tem trabalhado em conjunto com parceiros internacionais para desenvolver a engenharia de injeção. A decisão final sobre a adoção da CCS dependerá da sua viabilidade económica a longo prazo, mas é vista como um passo essencial para garantir o financiamento "verde" dos projetos.
O SouthOilMoz.com continuará a monitorizar os relatórios de viabilidade e as decisões estratégicas das operadoras neste domínio.